Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

25
Out15

Desilusão e orgulho

Eduardo Louro

 

(Foto: Pedro Rocha/ Global Imagens)

 

Mais um Dia de Clássico. Um dia de derbi, do clássico dos clássicos, que correu mal. São precisas poucas palavras para falar deste jogo. Desilusão e orgulho, bastam!

Desilusão pela exibição do Benfica, pela forma como os jogadores - e treinador, pareceu-me - se deixaram afundar pelo infortúnio do primeiro golo, logo aos 9 minutos. E orgulho no benfiquismo, pela extraordinária atitude dos adeptos do meu clube que encheram a Luz no seu12º aniversário.

Não precisaria de dizer mais nada, que teria dito tudo o que vai na alma...

Mas sempre direi que o Benfica até entrou bem no jogo - como se diz em futebolês - transmitindo uma imagem de confiança. Sem medo, e com ambição, mesmo que nem tudo estivesse a sair bem. Foi por pouco tempo, porque a sorte do jogo sorriu ao Sporting, com três golos em outras tantas aproximações à baliza de Júlio César, sempre na sequência de erros dos jogadores do Benfica, mas sempre - é bom dizer-se - erros provocados pela estratégia do Sporting.

O Benfica desapareceu, e se, pelo peso dos golos, isso se poderia compreender na primeira parte, já deixou de ser compreensível na segunda. Mesmo sem ter voltado a marcar - e o mais próximo que esteve disso até foi naquela tentativa de Luisão - a superioridade do Sporting foi mais flagrante ainda na segunda parte.

Num jogo destes, depois das exibições de cada uma das equipas, não me ficaria bem falar do árbitro. Mas que há muito para dizer da arbitragem do sportinguista Carlos Xistra, lá isso há. O problema não é ser sportinguista, nem o seu histórico nos jogos com o Benfica. O problema é que não tem categoria para arbitrar seja lá o que for... Que teve influência no decorrer do jogo, teve. E muita. Tanta que o jogo poderia ter sido outro. Mas não foi. E no jogo que acabou por acontecer o Sporting foi muito, mas muito melhor!

 

26
Set15

Golos com história

Eduardo Louro

Imagem relacionada

Sabendo, pela experiência dos jogos que tem feito em casa neste início de época, que o primeiro golo é a chave do sucesso, o Benfica entrou a todo o gás no jogo de hoje com o Paços, com o objectivo bem nítido de encontrar essa chave bem cedo.

Só que foi sol de pouca dura. À passagem do primeiro quarto de hora já parecia que tinha desistido… Não terá sido por opção própria que abandonou aquele ritmo asfixiante dos primeiros quinzes minutos de jogo, até porque – bem o sabemos – não é fácil manter estes ritmos diabólicos por muito tempo. Mas não foi só isso!

O Paços teve culpas. E grandes… Resistiu como pôde a esses 15 minutos avassaladores, com faltas de toda a maneira e feitio, e algumas bem feinhas, chutando para onde estavam virados e cedendo cantos uns atrás dos outros. Mas depois conseguiu começar a respirar, organizou-se e começou a subir no terreno. A subir muito, a pressionar a saída da bola do Benfica, onde quer que fosse, e a complicar o jogo ao Benfica.

O antídoto para o tipo de jogo que o Paços impunha em campo passa por aquilo que tinha sido a imagem de marca do futebol do Benfica nos últimos anos, aquilo que em futebolês se chamam transições rápidas. E que se percebe que perdeu. Não sei se é uma ideia abandonada, assim como quem atira fora uma ferramenta que acha que já não precisa. Mas sei, porque se vê, que falta a muitos jogadores a velocidade de execução e a qualidade do passe e de recepção, que são o factor crítico de sucesso das transições rápidas.

Sem este antídoto – em todo o jogo o Benfica conseguiu por uma única vez uma transição ofensiva capaz de fazer lembrar o ano passado, e foi desperdiçada por Mitroglou, que ao contornar o guarda-redes permitiu-lhe desviar a bola do golo – valeu mais uma vez a classe dos dois mais categorizados jogadores da equipa. Primeiro, Jonas, a fazer do golo uma obra de arte. Sublime, pouco passava da meia hora de jogo, a fazer o resultado ao intervalo. Porque, pouco depois num remate com a mesma espantosa execução, a bola não quis voltar a entrar.

A segunda parte - pese sempre o grande desequilíbrio na posse de bola (75% para o Benfica na primeira parte) -  não foi muito diferente. Até ao segundo golo, o primeiro de Gonçalo Guedes na equipa principal do Benfica, a meio da segunda parte.

Um golo que matou de facto o jogo e que tem história: porque resulta de uma nouance táctica (Gonçalo Guedes a jogar mais por dentro, com a ala toda entregue ao outro miúdo, Nelson Semedo) e porque surge em circunstâncias anteriormente ensaiadas, sempre com o remate do miúdo a bater numa das muitas pernas que ocupavam aquela zona central da entrada da área. Voltou a bater numa dessas pernas, só que desta vez, ao contrário de todas as outras, seguiu o caminho da baliza.

Curiosamente também o terceiro golo, de novo de Jonas, sete minutos depois, foi uma jogada (Gaitan-Guedes-Jonas) a papel químico de uma outra poucos minutos antes.

No fim ficou um jogo que, apesar da boa imagem que o futebol do Paços deixou, bem poderia ter registado mais uma das goleadas da Catedral. Oportunidades não faltaram!

Diz que os outros dois empataram… Fizeram eles bem!

12
Set15

Assim, sim!

Eduardo Louro

Imagem relacionada

 

Noite de gala na Catedral. Já tínhamos saudades...

Ia  a primeira parte a meio quando dei comigo a pensar que desta vez o Benfica tinha trocado as voltas ao jogo. Que tinha trazido para os primeiros vinte minutos os últimos vinte minutos dos jogos anteriores. 

Aos poucos percebi que não era assim, que alguma coisa tinha mudado e que o espectáculo era para continuar. Então recostei-me melhor e deixei-me ir, deliciado e muitas vezes extaseado pela magia de Gaitan e pela arte de Jonas que um espantoso concerto colectivo não conseguia ofuscar.  

Um concerto que consertou de vez - espera-se - a máquina de Rui Vitória. Agora não pode haver mais espaço para dúvidas. Sabe-se que não vai ser sempre assim, que hão-de vir dias em que nem tudo corre assim bem. Mas não se pode andar para trás, este tem que ser o ponto de partida, nunca o ponto de chegada. 

A equipa pode não atingir sempre este altíssimo patamar exibicional, mas fica obrigada a entregar-se ao jogo da mesma forma, a pressionar da mesma maneira, a atacar a bola e o adversário com o mesmo entusiasmo, a mesma convicção e a mesma energia. Porque só assim pode marcar golos e sabe-se, já se sabia, que o Benfica é outro logo que marca o primeiro.

A chave do futebol deste Benfica de Rui Vitória está no primeiro golo. Por isso não há segredos: é entrar para marcar cedo, em vez de entrar à espera do que o jogo possa dar. É isso que se espera daqui para frente. Não se pede mais que isso. 

É que assim é mais fácil repetir noites de gala como esta. De vez em quando, também não se pode exigir isto todos os dias...

23
Ago15

Assim pode deixar de haver colinho...

Eduardo Louro

Resultado de imagem para benfica arouca 2015

 

Quando trinta remates e uma dúzia de oportunidades não chegam para fazer um golo sequer... não se pode falar apenas de azar. Nem  se pode falar do penalti que ficou por assinalar, na melhor fase do Benfica, a última meia hora da primeira parte. Nem de durante muito tempo mais parecer um jogo de andebol que de futebol...Não tem nada a ver com o árbitro, nem com jogar a bola á mão - tem apenas a ver com a forma como o Arouca se posicionava no campo.

Tem de se falar de incompetência. Porque só por incompetência, depois dos adversários terem feito o que tinham feito, se pode fazer ainda pior. 

Uma lástima!

Só falta dizer que não se perdeu com uma equipa qualquer... Perdeu-se para o líder do campeonato... Mas cuidado: assim o colinho pode perder-se!

 

PS: Pois... o da foto não está cá. No ano passado esteve: marcou dois golos.

17
Ago15

Acabou bem... começou bem!

Eduardo Louro

 

Benfica vence Estoril

 

 

O futebol é isto mesmo. É o mais comum dos lugares comuns do futebolês, mas é ainda a expressão mais expressiva do não sei quê de especial que há no futebol. E que faz dele o mais apaixonante dos jogos, o que mais emoções desperta, e que mais multidões arrasta.

O jogo com que o Benfica se estreou no campeonato, à procura do tri que foge há perto de 40 anos, e do 35º, a primeira vitória da época, não só cabe nesta velha expressão do futebolês como a enche por completo.

À entrada do último quarto de hora, o jogo resumia-se a três grandes intervenções do guarda-redes Júlio Cèsar, e a uma bola na trave da baliza do Estoril (Luisão), adensando as núvens de dúvidas que, mais altas que a águia, sobrevoavam o Estádio da Luz. Os jogadores do Estoril eram sempre mais rápidos e mais, muito mais agressivos. Pressionavam pelo campo todo. Alto e baixo, em toda a linha... Faltas sobre faltas, em todo o lado, logo à saída da área até em cima da baliza do Benfica. Obrigavam os adversários a errar, o que até nem parecia muito difícil, lançando aqui e ali o pânico na sua grande área. De vez em quando os bi-campeões nacionais conseguiam fugir da teia e lá criavam uma ou outra oportunidade, logo desperdiçada... Nunca conseguindo fugir à ideia de uma equipa mole, presa de movimentos, sem chama e sem agressividade.

De repente sai Pizzi, acabado de realizar um passe soberbo, e entra o já mal amado Talisca. E sai o Ola a quem toda a gente quer dizer adeus, para entrar ... Victor Andrade, o miúdo brasileiro - a crescer há três anos entre os juniores e a B - que fora a grande surpreza da convocatória. Parecia que não tinha nada para dar certo, mas tudo mudou. Entra o primeiro golo - quando Mitroglou finalmente acertou na baliza - e o Estoril, então já preso por arames, rebenta. O que saía mal passou a sair bem, a exibição solta-se e a goleada nasce. E até o menino que é já a nossa menina dos olhos marca!

E acaba em apoteose o que, tão pouco tempo antes, parecia só poder acabar mal. E acaba no maior resultado da abertura do campeonato aquilo que, tão pouco tempo antes, ameaçava poder ser a maior surpresa do dia um desta liga 2015-2016. E acaba com mais uma demonstração de bom senso, equilíbrio e categoria de Rui Vitória. 

Fico com a impressão que, deste, nunca terei vergonha!

Não sei se tudo está bem quando acaba bem. Sei que acabou bem... E como acabou bem, começou bem esta caminhada á procura do tri.

Seguir

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Pesquisar

Arquivo

    1. 2025
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2024
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2023
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2022
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2021
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2020
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2019
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2018
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2017
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2016
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2015
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2014
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2013
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2012
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D