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Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

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Visto da bancada Sul

22
Jan17

O primeiro golo do Rafa só podia ser assim...

Eduardo Louro

Resultado de imagem para golo de rafa no benfica tondela

 

A segunda volta começou como tinha acabado a primeira, na semana passada. Tarde de sol, de domingo, desta vez, e a Luz cheia. Para que as diferenças não fossem muitas até a primeira parte foi muito parecida. 

Não tivesse o Benfica feito a segunda parte que fez e lá teríamos de estar a dizer que a equipa atravessava a pior fase da época. A primeira parte do jogo de hoje foi francamente má, na globalidade ainda pior que há uma semana, com o Boavista. A diferença foi que, na única vez que o Tondela foi à baliza de Ederson, ao contrário da semana passada, o árbitro estava lá para aplicar as leis do jogo. 

O Benfica até entrou bem, a deixar claro que não iria permitir que o jogo se complicasse. Desperdiçou uma grande oportunidade logo aos sete minutos, mas depois começou a deixar andar. Pouca intensidade, lentidão nos processos e no pensamento e, por vezes - vezes de mais - falta de concentração. Que se traduzia em passes errados, precipitação na saída de bola e muitos foras de jogo. Houve até, aí pelo meio dessa primeira parte, um período de 5 ou 6 minutos que chegou a ser assustador, a lembrar o pior do jogo com o Boavista, com os jogadores - todos, mas especialmente Lindelof, Samaris e André Almeida - a deixarem notar grande intranquilidade.

Acrescia então que, a cada vez que o Benfica conseguia colocar o jogo sob alta intensidade, em cada jogada que finalizava, o guarda-redes do Tondela arranjava uma lesão.

Na segunda parte, já com Salvio (substituiu Cervi) na direita e Zivkovic, pela primeira vez titular, fixado na esquerda, o Benfica entrou logo com mais velocidade, mais agressividade e mais intensidade, e  o primeiro golo não tardou mais que uma dúzia de minutos. Obra de Pizzi, e resultado directo da maior agressividade na disputa da bola. Sabe-se como neste jogos com adversários muito fechados e bem organizados, como já são quase todos, o primeiro golo faz toda a diferença. A partir daí o jogo muda.

E mudou. A equipa começou a conseguir chegar à linha de fundo, e o reportório passou a ser outro. O segundo golo é um exemplo disso mesmo, e chegou pouco mais de um quarto de hora depois, de novo por Pizzi. Oito minutos depois o Estádio da Luz explodiu em festa, com a obra-prima de Rafa, que entrara para substituir Mitroglou, lesionado, ao que pareceu.

O primeiro golo de Rafa no Benfica tinha de ser assim, não podia ser de outra maneira. Pela sua qualidade, tinha de ser um golo de rara beleza. Pela sua malapata, tinha de ser um grande golo.

Tão bonito como esse momento só o momento que se seguiu, na forma como os colegas festejaram o seu primeiro golo, a repetirem o que a meio da semana, no jogo da Taça de Portugal, com o Leixões, haviam feito com André Almeida. É nestas coisas que se vê o espírito de equipa!

Já no fim, no último suspiro do jogo, Jonas, de penalti, fixou o resultado final: 4-0. De todo improvável depois daquela primeira parte. E depois de uma enorme exibição do Cláudio Ramos, o excelente guarda-redes do Tondela.

Mas, atenção: não é muito provável que todos os jogos com uma metade destas tenham um final feliz destes. O melhor é não repetir!

 

10
Set16

Sempre a centímetros do golo apoteótico

Eduardo Louro

(Foto do Record)

 Era grande a curiosidade sobre a equipa que Rui Vitória escalonaria para este jogo com o Arouca. Em primeiríssima análise pela forma como constituiria a dupla mais avançada, por força de se encontrarem lesionados todos os quatro pontas de lança do plantel principal. Mas também, e exactamente ao contrário, com os quatro centrais pela primeira vez disponíveis, para saber quais os titulares e, mais, qual deles nem no banco teria lugar. Calhou ao Lindelof, surpreendentemente.

A expectativa criada em torno da dupla acabaria por marcar o jogo. Pela enormidade que Gonçalo Guedes e Rafa jogaram, a parecer que jogavam juntos há muito tempo. Porque o último recruta do Benfica, para além de confirmar todo o seu talento, parecia um tri-campeão; ninguém diria que tinha chegado à equipa de véspera. Porque foi obrigado a sair, lesionado – mais um –, aos 60 minutos, e o jogo não foi mais o mesmo. Mas também porque isso, a ausência dos pontas de lança do Benfica, terá levado o Lito Vidigal a montar uma estratégia que, perante a qualidade dos jogadores do Benfica, e em particular da dupla que Rui Vitória lançou, se viria a revelar suicidária.

O treinador do Arouca, perante um adversário sem pontas de lança, estacionou a equipa à entrada da sua área, no pressuposto que, sem jogadores de área, o Benfica não saberia o que fazer quando lá chegasse. Para, depois, sair em lançamentos longos para o contra ataque, abdicando do jogo no meio campo e do tratamento da bola. A coisa não podia ter corrido pior, e o jogo só não ficou resolvido na primeira meia hora porque o Benfica se ficou pelo golo do Nelson, desperdiçando sucessivas oportunidades, ao ritmo de quase uma por minuto. Tanto desperdício, e meia dúzia de grandes intervenções do seu guarda-redes, evitaram o KO de um Arouca que nunca saiu das cordas. E assim chegou ao intervalo com um resultado que deixava aberto um jogo que deveria estar mais que fechado.

Percebeu-se logo no reinício que o Lito Vidigal emendara a mão. Que o meio campo já entrava na estratégia para a segunda parte. Só que para o Benfica ia dar no mesmo. Continuava a jogar bem e sem dar hipóteses. O segundo golo chegou cedo, mesmo assim antes e depois de mais uma série de novas oportunidades, e o jogo parecia finalmente arrumado. Estávamos nisto quando o árbitro não assinala o penalti sobre o Rafa, e na sequência o Arouca chega lá abaixo e marca. No mesmo minuto o resultado passa de um possível 3-0 para 2-1. E dois ou três minutos depois, Rafa, que mantinha a defesa adversária em estado de pânico permanente, saiu lesionado. E o Arouca galvanizou-se.

Mas só isso. Nada mais do que empertigado, e nem mesmo nos poucos minutos, até à entrada de Samaris, em que o Benfica deixou que o jogo partisse, o Arouca criou qualquer oportunidade para marcar. Ao contrário, o Benfica prosseguia a sua série de despedício.

E volto ao princípio: à expectativa sobre a dupla de pontas de lança. Que envolvia mais um miúdo: José Gomes. Pois, entrou já nos descontos e estreou-se, aos 17 anos, na equipa principal do Benfica. E foi dele a penúltima oportunidade de golo do jogo. Ficou a menos de cinco centímetros do golo apoteótico. Como Rafa, por quatro vezes!

 

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