O fim da hipnose
Acabou o circo mediático no Catar, terminou o espectáculo de variedades protagonizado pelo Ronaldo no papel de malabarista e dos cuspidores de fogo da família. Fernando Santos, numa rara e corajosa magia, sentou um contorcionista no banco de suplentes da arena mas foi traído por um artista recém promovido a "melhor guarda-redes do mundo". Assim, a selecção regressou a Portugal num tapete voador marroquino para não acumular mais prejuízos na TAP. Com o fim da hipnose colectiva futebolística que veio das arábias, é hora de cair na realidade e voltar a pensar nos problemas do país que nos atiram para a cauda da Europa: o aumento do custo de vida, o preço dos bens essenciais, o preço dos combustíveis, os impostos exorbitantes e as desigualdades sociais.