Fernando Gomes na SAD
Há um rodízio de delícias preparado para certa gente, ainda que seja nossa e gente do Norte. Outros, uma espessa e pastosa maioria, minguam na vida por toda a vida.
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Há um rodízio de delícias preparado para certa gente, ainda que seja nossa e gente do Norte. Outros, uma espessa e pastosa maioria, minguam na vida por toda a vida.
E eu que tanto tenho escrito sobre isto, sobre a desertificação da genialidade e da magia no meu FC Porto, pela exclusão de Kelvin, Iturbe, Quintero e Atsu:
«O que mais me preocupa não é a derrota contra a Académica, não são os sete pontos perdidos em três jornadas, nem a quase certa eliminação da Champions. Não, o que mais preocupa é o afastamento ou desmoralização de jovens talentos a quem treinadores como Vítor Pereira ou Paulo Fonseca, por medo ou incompetência, não são capazes de valorizar: Atsu, Iturbe, Kelvin, Quintero, etc. É a aposta num futebol de clube pequeno, cheio de cautelas defensivas, desprovido de extremos e autoregalado com números imensos de inútil posse de bola, que afasta o público dos estádios e faz do jogo da equipa um aborrecimento sem fim. E é, sobretudo, a progressiva destruição de um espírito de revolta, de conquista, de orgulho, que, mesmo nos piores momentos, fazia a diferença no FC Porto e atemorizava os adversários. E isso, que esteve notavelmente ausente no jogo de Coimbra e que é intolerável para os adeptos, foi o que desencadeou o tristíssimo episódio do ataque ao autocarro do próprio clube. O FC Porto de Paulo Fonseca, de tão evidentemente mau que é, acabou por instalar um clima de guerra civil dentro do clube: de um lado, os adeptos, que sabem o que é bom futebol e sabem que não tem nada a ver com isto; do outro, a sua SAD e o seu presidente, que não querem, ou não podem, perder a face, admitindo o óbvio.»
Miguel Sousa Tavares
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