"Antipasti" Rossa
E pronto. Assim termina mais uma aventura nas imensas presenças europeias do grande Futebol Clube do Porto. É de um grande europeu de que estamos a falar. Tal como a Juve, também o Porto já venceu a Champions por duas vezes, adindo os cinco restantes títulos internacionais.
Por sermos Grandes, chegámos muitas vezes aos oitavos e até aos quartos de final da Uefa Champions League. Essa grandeza portista não pode ser traída pelos estigmas e pelos complexos de inferioridade, sejam eles numéricos ou não.
É por isso que me refiro às "antipasti" (que são as entradas na cozinha italiana). Como é óbvio, o problema do FCP não foi gastronómico. As "entradas" no Dragão e o "rosso" de Maxi condicionaram a eliminatória.
Obter duas expulsões (uma em cada um dos jogos) foi dilacerante para os intentos do FCP.
A equipa entrou super personalizada em Turim e os primeiros 25 minutos prometiam uma segunda mão competitiva. Porém, esta maleita das expulsões em jogos decisivos nos confrontos a eliminar não quer desgrudar do destino azul e branco.
Num onze inicial que deveria ter sido utilizado logo na primeira mão sem complexos lamenta-se a ausência do Corona que encaixava na perfeição neste contexto competitivo. Lamenta-se o facto de não ter sido punido o agressor do Bessa, o qual deveria ficar impedido de jogar até que o seu colega lesado fizesse o seu primeiro jogo oficial. Nada. Isso só serviu para o Paulinho Santos.
Na verdade, a asa direita esteve um pouco debilitada e isso permitiu que o Alex Sandro pudesse subir sempre à vontade. Ter-nos-á faltado um pouco de acutilância (mesmo após a expulsão indiscutível de Maxi). O objectivo era marcar (Soares e Diogo J) estiveram muito perto de o conseguir, mas o Grande Porto podia ter arriscado um pouco mais. Não tinhamos nada a perder.
Terá faltado, por ventura, criar-se muito mais perigo em lances de bola parada e não ter complexos. A única inferioridade no futebol só se traduz nas expulsões. Fica a sensação de que a Juventus estaria ao alcance deste FCP.
Contudo, deixo uma palavra de apreço aos 2300 adeptos portistas presentes no Juventus Stadium que, esses sim, apesar de estarem em inferioridade numérica, não tiveram complexos e cantaram bem alto o nome do nosso FC Porto. O Grande e inconformado Futebol Clube do Porto de outros tempos.
Uma palavra também para Iker Casillas que, neste jogo, superou Maldini e Xavi com 175 presenças em jogos europeus. Verdadeiramente impressionante.
Em suma, é sempre importante pensar que jamais poderemos dar passos em frente se estivermos sempre a olhar para trás!
Agora, foco máximo na Liga Portuguesa, mas a jogar sempre com os melhores. Somos Grandes!
Força, grande Porto!
Hélder Rodrigues
E QUEM NÃO SALTA, OSTENTA UMA LÂMPADA GRANDE NA MÃO!