Foi preciso ter Galo numa época a não esquecer.
Acabou. O meu FC Porto encerrou hoje a temporada 13/14 e logo num dia de clássico mais romântico do que outra coisa. Vencemos e, mais B menos B, a acepção do adjectivo invicta prevaleceu no reduto do Dragão. Nem o Benfica, nem o Sporting venceram no Dragão. Parabéns ao Estoril.
Na verdade, se tanto se falou no espaço K no museu do FC Porto, penso que o museu do clube da Luz merece um espaço Galo. Não pelo azeite, mas pelo momento que marcou a época que finda. A sinistra remontada no Benfica-Gil Vicente foi decisiva para o caminho meritório que o SLB tomou. Essa quase fatídica terceira jornada que já se despedia de Jesus tornou-se regeneradora. Foi João de Deus? Foi maFIUZAce? Ou foi mesmo um fado sorridente? O que é certo é que a águia levantou voo e o Dragão foi quebrando.
Quando saía do Dragão após o Porto-Atlético de Madrid estaria longe de pensar que acabara de ver um dos finalistas da Champions. Esses que nunca conseguiram ser superiores no Dragão nesse jogo. Mas é essa a imprevisibilidade que torna este jogo maravilhoso. O ego de uns, o hipoego de outros, o superego dos milhões, a teimosia do alterego da filosofia de jogo do Porto enformaram a índole negativa desta temporada.
Porém, a mesma não deve ser esquecida. Deve ser lembrada para não cairmos no mesmo erro. O segredo reside em levar a verticalidade azul e branca com a humildade no peito e regressar à consistência habitual, porque os esforços dos profetas da portotanásia são meras palavras parcas de conteúdo.
Uma palavra para Luís Castro cuja elevação e humildade foram os primeiros passos para a regeneração do futebol portista. Seja com tic tac, taki tuki ou titi toto, há algo que deverá prevalecer designadamente a identidade de um Porto nobre e leal!
Askoz indar, Lopetegui!
Força, Porto!
Hélder Rodrigues