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Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

01
Set18

Um problema de coluna

Eduardo Louro

 

Fechou o mercado de transferências do futebol, e com isso a torneira mais apreciada pela nova maneira de fazer notícias numa das mais apetecidas valências do jornalismo actual.

O último dia do mercado é normalmente vivido em ambiente de alta histeria, com o climax no count down final, segundo a segundo até ao último da meia noite. Ás vezes, esses segundos não chegam, como acontecera há um ano com Adrien. E Bruno de Carvalho, inevitavelmente...

Tudo estava preparado para que desta vez tudo se repetisse. Mas falhou. Faltou mercado, ou faltaram loucuras. Pelo que deu para ver só a RTP percebeu isso, e desligou por completo, poupando-se àquela 24ª hora de encher chouriços em chorrilhos de patetices. Nenhuma das outras televisões resistiu ao engodo, e lá ficaram a contar os segundos penosamente.

Valeu-lhes ... Fábio Coentrão. Isso mesmo, foi ele a estrela da noite  com a sua sensacional transferência do Real Madrid para ... o Rio Ave. E com o último suspiro do seu choro comovente: "Depois do que fiz, nem uma chamada do Sporting"!

Como se a sua conduta moral, o seu carácter e a sua escala de valores e princípios não tivessem nada a ver com o destino que a vida lhe traçou... Diz-se nestas circunstâncias que é um problema de cabeça. A cabeça dos jogadores de futebol tem frequentemente as costas largas. Fábio Coentrão não terá a melhor das cabeças -  percebeu-se isso vezes de mais - mas não é de cabeça o seu principal problema. É de coluna!

01
Fev14

Abortos e Factos Consumados

joshua

Afinal, as negociações entre o FC Porto e o Valência para a cedência de Otamendi ao clube espanhol falharam e o negócio abortou, Otamendi aparentemente vai ficar no FC Porto depois de ter pairado sobre o relvado nem sei bem por quantos jogos. Também está irreconhecível o perfil de facto consumado em vendas e cedências que tem caracterizado o FC Porto ao longo das décadas. Nenhum jogador fica a marinar no limbo. Que é que se passa?

01
Fev14

Mercado e mercados

Eduardo Louro

No dia-a-dia temos os mercados, que tanto nos chatearam, dando-nos mesmo cabo da vida. No futebol temos o mercado!

Nunca percebi se a utilização do singular serviria para distinguir o mercado da bola - coisa que o povo percebe bem, que trata mesmo por tu, nada lhes escapando - do financeiro, que não entende de todo, que dele só sabe que serve de desculpa para os que lhes lixam a vida. Ou se, quando se trata de nos lixar a vida, há mesmo muitos e, quando o negócio é comprar e vender jogadores, basta um. À primeira vista dir-se-ia que há dois: o de Verão e o de Inverno, pelo que o uso do singular só pretende mesmo separar o trigo do joio. Mas logo podemos entender que Verão e inverno são apenas as duas faces da mesma moeda, duas épocas de um mesmo e único mercado. Assim como se fossem a época normal e a de saldos!

Seja lá como for as transferências de jogadores de um lado para o outro acontecem no mercado, e não nos mercados. E o mercado, ao contrário dos mercados - que só fecham ao fim de semana - fechou à pouco, há meia noite de ontem, e já só voltará a abrir de novo no Verão. Em boa verdade não fechou completamente, ficaram duas engras por onde ainda alguma coisa vai passar: a Rússia e a Turquia, onde não costuma faltar dinheiro!

E se não se pode dizer que a montanha pariu um rato, também não se pode exactamente dizer que não tenha ficado muita gente a chuchar no dedo…

Fica a ideia que, no Porto, Pinto da Costa vai ter de comprar algumas chupetas, se não quiser que o Fernando, o Otamendi e o Mangala estraguem os dedos. Que bem falta lhes fazem, é tudo gente que usa muito as mãos para jogar à bola. Os dois primeiros nem sequer tinham seguido com a equipa para a Madeira, veja-se bem o melão

Da mesma forma que fica a ideia que o mercado foi generoso para o Benfica. Ou para Luís Filipe Vieira, sabe-se lá!

Como fica a ideia que continuam por lá toupeiras… Só isso explica a notícia antecipada do negócio do André Gomes. Que é afinal idêntico ao do Rodrigo, e onde Jorge Mendes não é Jorge Mendes, mas um fundo do Jorge de Mendes. Porque, aí, o mercado é igual aos mercados, onde os fundos são quem mais ordena.

O Benfica encaixou 70 milhões de euros e, para já, perde apenas um jogador: Matic, como há muito se sabia e já havia sido assimilado pela massa adepta. O Rodrigo fica a jogar até ao fim da época, tal como o André Gomes, no banco. É quase certo que o Garay ainda vai sair pela engra russa que ainda ficou aberta, no que será certamente o pior negócio de todos. Mas inevitável. De uma incompreensível inevitabilidade!

O mais excitante fecho de mercado aconteceu no entanto em Alvalade. Este Sporting não pára de surpreender!

Investindo como pequeno está a fazer o campeonato de grande. E bastam-lhe 500 mil euros para ser a estrela maior da noite de fecho do mercado. A Lisboa já tinha chegado uma estrela faraónica, com nome de jogador, sem dúvida, mas de mau presságio: Shikabala. Shik, abala!

Bastou isso para que, entre Shik abala e Shik fica, ficasse provado que nem só de milhões se faz a excitação dos grandes negócios. Para se ter uma ideia do suspense hitchcockiano, às cinco para a meia-noite, Shik abalava. E à meia-noite, em ponto, Shik ficou!

Mas mais. O Sporting foi ainda o rei da noite porque, mesmo assim, foi quem mais se reforçou. Ao egípcio juntou ainda o cabo-verdiano Heldon, contratado ao Marítimo por 1,5 milhões. Que festa, com dois milhões!

Nem tudo correu bem, mas disso não há imprensa que fale. Não conseguiu livrar-se do Elias. Mas livrou-se do Jeffren, que também não era pêra doce!

03
Set13

Fecho do Mercado

Eduardo Louro

Fechou o mercado de transferências de futebol – continua aberto por mais uns dias na Turquia, Rússia e Ucrânia mas, apesar de ter sido da Rússia que vieram os últimos suspiros do ano passado, nada de novo daí virá este ano  – e podem finalmente os jogadores libertar a cabeça para aquilo que realmente conta.

Pelo menos até ao Natal já ninguém tem razões para ter a cabeça noutro lado!

O Benfica conseguiu finalmente contratar um lateral esquerdo, coisa que, como se sabe, tem procurado como quem procura o Santo Graal: Siqueira. Há motivos para acreditar que desta é que é!

Porque é um jogador que o Benfica tem sucessivamente tentado contratar nos últimos dois anos, depois dos argentinos Ansaldi e Rojo, que afinal era central, e de história conhecida, como se sabe. Porque era, tudo o indica, há muito a primeira opção, e não os remendos que temos visto. O último ainda bem à vista. Mas, acima de tudo, porque foi roubado ao Real Madrid, que o pretendia na vez do nosso Coentrão!

Há duas épocas atrás havia no plantel o lateral esquerdo da selecção campeã do mundo. Nunca jogou, jogava o brasileiro Emerson… que o Cortez tanto nos tem feito lembrar. Esperemos que não nos lembre mais!

Fechado o mercado, e feitas as contas, o Benfica vendeu Melgarejo. Por 5 milhões!

Comprou como se viesse a vender, mas não vendeu. Comprou muito e vendeu pouco. Quando assim é, costuma dizer-se que é bom. Mas não é bem assim!

 

04
Set12

DIA D: D de DESAFIOS AO MESTRE

Eduardo Louro


Afinal havia outro dia D. O do limite de inscrições de jogadores na UEFA, que os mercados das horas extraordinárias não deixaram passar. E da Rússia lá chegaram mais uns milhões largos, os suficientes para a cláusula de rescisão de Witsel e para o que Pinto da Costa fizesse mais uma pirueta.

E eu que pensava que já ninguém nos levava o belga de carapinha e olhos azuis…

Que pensava que, com os seus 23 anos, ele acharia que tinha tempo para esperar mais um ano, para rumar a um dos gigantes dos dois maiores campeonatos do mundo, para um daqueles que juntam dinheiro a prestígio. Mas não! Se calhar pensou que mais vale um tordo na mão que duas perdizes a voar…

O Benfica não podia fazer nada?

Podia! Podia ter tido visão estratégica para cuidar a tempo da revisão contratual do seu jogador com mais mercado, com o consequente alargamento da cláusula de rescisão que, como invariavelmente se tem visto – no Benfica e nos outros – serve para nada quando se quer vender e para pouco, mas alguma coisa, quando se não quer. Mas também podia ter tido visão estratégica - para o que não era sequer necessário ser visionário – para, em vez de contratar não sei quantos alas, ter procurado alguém para o meio campo, esse espaço vital do rectângulo agora mais desertificado que o interior do território nacional.

O plantel do Benfica conta agora com três centro-campistas: Matic, Aimar e Carlos Martins. Um sem ritmo de jogo e dois que passam mais tempo lesionados que a jogar. E ambos sem pernas para um jogo inteiro, nos que jogam!

Não importa que o Witsel tenha rendido tanto quanto o Hulk ao Porto. Ou que tenha deixado mais valias bem superiores às que o Incrível deixou nos cofres do Dragão. Não serve de consolação nenhuma que o Zénite tenha duas direcções: uma que oferece 50 milhões a Pinto da Costa,  e que ele rejeita liminarmente, e outra que lhe dá 40 milhões e leva o Hulk. Pouco importa que Pinto da Costa faça exercícios de matemática para conseguir o milagre da multiplicação dos números, mesmo que, com isso, se fique a saber que havia umas dívidas por saldar ao jogador. Já se tinha ouvido falar disso, mas pensava-se que era só nas modalidades. Ou apenas coisa de más línguas…

O que importa mesmo é que, agora, o catedrático que está a evoluir para um look à Rod Stewart, tem a oportunidade da sua vida: fazer do Bruno César um trinco, do Gaitan um 10, do Nolito – já que não o consegue despachar para França – um box to box, e do Kardec uma coisa qualquer que jogue à bola!

01
Set12

DIA D: D de TRANSFERÊNCIAS...

Eduardo Louro


Claro que não se percebe que a época de transferências feche quando todas as competições nacionais, e mesmo europeias, estão em curso. Percebe-se que isso interesse aos (poucos) endinheirados, aos compradores, mas, quando tanto se fala de fair play financeiro, deixa de se perceber que isso se perceba!

Mas nestas coisas de transferências o problema é mesmo esse: perceber. Perceber o que quer que seja!

Perceber que o destino de Hulk passasse por uma violenta disputa entre Manchester United, City, Chelsea e Tottenham e acabasse nuns russos a dizer que não vale mais que uns míseros 30 milhões, por muito que isso irrite Pinto da Costa. Perceber que João Moutinho, quando o mesmo Pinto da Costa já só via ali forma de arranjar algum dinheiro e o Sporting já esfregava as mãos, tenha roído a corda, impedindo ambos de meterem a mão na fruta. Mesmo que maçã podre.

No entanto as portas do mercado ainda não fecharam em França e na Rússia… Se em França só o PSG compra, e não se vê que mais possa querer comprar, da Rússia ainda poderá vir alguém à procura de saldos!

Mas o que mais me custa perceber sãos as transferências – feitas e por fazer – no meu Benfica. Não é que não perceba por que é que a velhinha e badalada transferência Gaitan para o United se não concretizou: essa eu percebo, e percebem todos os que o têm visto jogar nos últimos seis meses. Poderei não perceber que Mourinho tenha preferido Essien a Witsel, mas isso não me preocupa nada. Antes pelo contrário: que fique com o Essien, porque o Witsel fica cá muito bem!

Também percebo que o Manchester City tenha querido levar-nos o Javi. E que o espanhol, ao que se diz com 5 milhões líquidos de vencimento anual, quisesse ir a correr. Já não percebo é essa dos 20 milhões de euros. E menos ainda que venham explicar que o Benfica estava obrigado a vender e que não poderia recusar um encaixe desta ordem.

Então como é que não se pode deixar de vender um jogador nuclear para receber 20 milhões e se pôde gastar bem mais do que isso em dois jogadores para as posições menos carenciadas da equipa, como Olá John e Sálvio, a acrescentar aos sete ou oito alas do plantel?

Ou o Benfica gastou, então, o que não podia gastar. Ou vende agora um jogador fundamental na equipa e sem substituto, para pagar parte do que foi gasto em jogadores de que a equipa não necessitava. Não percebo nem uma nem outra!

E claro, não percebo como é que a equipa continua sem defesa esquerdo. Depois Rojo – que até é central, como há muito aqui se tem enfatizado -, depois de Eliseu e de, mesmo na últimas horas, Sílvio. E como é que haverei de perceber que, não tendo havido dinheiro para contratar um defesa esquerdo – só pode ser essa a justificação -, já o tenha havido para, mesmo no limite, contratar Lima – bom jogador, sem dúvida, mas que, aos 29 anos (praticamente da idade de Saviola), não será certamente um investimento de mercado – para um lugar onde Nelson Oliveira não cabia e onde há Rodrigo e Cardoso (e Kardec, enfim...). Irá Lima tirar o lugar a Cardozo? Ou a Rodrigo? Ou a ambos?

Como não percebo como é que, há dois ou três dias, era anunciada a rotura na negociação da transferência de Saviola para o Málaga – e em termos que indiciavam um forte murro na mesa – para, no dia seguinte, ser negociada (?) a desvinculação com o próprio jogador, a fim de seguir de imediato para … Málaga!

Com franqueza: disto de transferências a única coisa que percebo é que interessam muito a muita gente!

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