A Reconquista do Dragão
Perante os conquistadores vimaranenses deu-se a reconquista do Dragão. A simbiose entre a equipa e os mais de quarenta mil adeptos foi por demais evidente.
Na retoma do 4-4-2 a fazer lembrar as célebres duplas de outros tempos nas Antas, o FC Porto conseguiu uma boa exibição. Foram três os golos conseguidos numa bela dinâmica ofensiva dos azuis e brancos, não obstante o já clássico furto do senhor árbitro que erra duas vezes ao não assinalar um penalty e a anular um golo perfeitamente legal no mesmo lance. O costume.
Para além das grandes exibições de vários jogadores do Porto, gostava de evidenciar o belga Depoitre. Espero que os críticos depreciativos do camisola 9 do Porto tenham finalmente visto o jogador em acção, atestando com os seus olhinhos que a terra há-de comer a excelente movimentação do avançado portista. Pela boca morre o peixe, apesar de alguns polvos preferirem falar dos aspectos estéticos das armações oculares. Mas é como tudo na vida. Há quem goste de palha à moda Cofina.
Todavia, foi bonito ver o Dragão a cantar em uníssono com a equipa no final da partida. A equipa parece estar a reconquistar a ala céptica da pipoca e isso é bom para um conjunto que se quer motivado. O próximo jogo já está aí à porta e a expectativa é boa para o embate com a equipa da capital dinamarquesa. A ver vamos.
P.S. Começa já a ser ridícula a forma como o Sporting usa e abusa do seu ecletismo. Misturar duas modalidades num só momento parece-me hiperbólico. Cada macaco no seu galho e Gelson não pode simultaneamente jogar andebol e futebol.
Repare-se igualmente na forma como em Arouca, o senhor árbitro deixe passar de forma impune as entradas duríssimas de Nelson Semedo do Benfica, que não terminaria o jogo se o árbitro cumprisse a lei do jogo. Mas o que é mais grave é a forma como Salvio executa quatro lançamentos com os dois pés dentro do terreno de jogo com a anuência do fiscal de linha que, inclusivamente, foi "apanhado" pelas câmaras a falar sobre o assunto com o Salvio apesar de nunca assinalar a irregularidade.
Contudo, a indignação foi grande pelo facto do árbitro não ter assinalado um possível penalty sobre Rafa. Esse facto levou à expulsão de Rui Costa que me parece mais preocupado com as arbitragens neste ano. Porque será? Ele que não se preocupe porque o Lindelof também faz de empurrões singelas cargas de ombro.
Uma palavra ainda para o estranho caso de Jonas. É certo que, com tantos benfiquistas na mesa da TVI, ninguém questionou o senhor Luís Filipe Vieira sobre a miraculosa recuperação de 15 dias de Jonas, após uma operação ao tornozelo.
A última palavra vai direitinha para esse grande capitão da selecção que até já marcou quatro dias depois da sua selecção ter perdido na Suiça. Em terra de cegos quem tem talento é rei. Tudo normal, portanto....
Força, Grande Porto!
Hélder Rodrigues